"Eu adoro rock'n'roll. O rock mudou minha vida - sou uma dessas! [rindo] O rock literalmente mudou minha vida. [...] No final dos anos cinquenta, vivi num universo totalmente acadêmico. Ninguém sabia de nada, e eu não conhecia uma única pessoa com que pudesse compartilhar essas coisas, então não comentava nada com ninguém. Não perguntava coisas do tipo: 'Você ouviu aquela música?'. As pessoas que eu conhecia falavam de Schönberg. Muita gente diz um tanto de baboseiras sobre os anos cinquenta, mas é verdade que, naquela época, havia uma separação completa entre as pessoas antenadas com a cultura popular e aquelas envolvidas com alta cultura. Nunca conheci ninguém que se interessasse pelas duas coisas; eu sempre me interessei pelas duas e costumava fazer tudo sozinha porque não tinha ninguém com quem compartilhar. Mas em determinado momento, é claro, tudo mudou. E isso é o interessante dos anos sessenta. Mas agora, como a alta cultura está sendo liquidada, as pessoas querem dar um passo para trás e dizer: 'Ei, espera um minuto, Shakespeare ainda é o maior escritor que já existiu, não se esqueça disso'" (p. 45-47).
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